É tão difícil assumir que tudo voltou ao normal. Depois de um tempo, eu já até tinha me acostumado com a sua ausência, eu não perdia mais o fôlego quando você passava por mim, sabia que não queria confiar em você de novo.
Depois de tantas falsas esperanças, eu aprendi a juntar meu cacos e me reconstruir a cada ver que você assoprava meu castelo de cartas. Eu estava quase no topo, e bum! Você vinha com seus furacões traiçoeiros e derrubava tudo que eu construíra até ali.
De repente, tenho que me acostumar com o fato de que você decidiu me ajudar a construir meu castelo ao invés de derrubá-lo. Tenho que acreditar que você se importa comigo, e que você nunca quis me machucar. Tive que fingir que nada aconteceu, e deixei que teu perfume me entorpecesse e mascarasse lembrança de algo ruim que eu um dia eu sentirá. Será que deu certo?
Eu reprimi minhas lágrimas, me acalmei, me afaguei, fiz e refiz inúmeras vezes as suturas de feridas que você insistia em cutucar. Eu me agarrei em mim mesma em meio a um naufrágio em que só eu poderia ser meu herói. Eu inventei desculpas, atuei como uma digna atriz de Hollywood, aliás, atuei tão bem que as vezes conseguia enganar até a mim mesma.
Eu me inventei e reinventei, até encontrar minha paz, sozinha.
E depois disso tudo, você voltou, e rapidamente, tudo que eu aprendi ficou para trás, e para você, é como se nada houvesse acontecido.
Você se foi, e eu estava aqui, você voltou e eu continuo aqui. E tudo parecia tão perfeito, mas os sonhos não me deixam perder totalmente a lucidez, e me prendem no meu mundo em que você não é confiável.
Meu coração diz que eu devo estar com você, e minha razão diz para eu me afastar. Em quem devo confiar?
segunda-feira, 21 de maio de 2012
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