terça-feira, 17 de abril de 2012

Um rosto em minha mente.

Estava tão longe, tão intocável. Era um rosto perfeito, uma curva suave em seu nariz, olhos claros, tão claros, lindos. Um sorriso perfeito e cativante, aquilo era o paraíso. Ah sim, eu estava vidrada naquele rosto, eu o admirava, eu estava perdida naqueles olhos, e não pretendia me achar.
Aquele rosto estava longe de mim, algum espaço de tempo me separava dele. Eu queria toca-lo, gostaria de sentir aquela pele macia, aquela barba que fazia cócegas em minhas mãos. Eu o queria.
Mas nada estava certo, eu não conseguia chegar perto daquele rosto, minhas mãos não respondiam a minha vontade de segurar aquela face, e ele estava ficando longe. 
O tempo me dizia que aquilo seria impossível, mas eu queria aquele rosto para mim, sim, eu queria aquele rosto mais do que tudo. 
Um dia, aquela face transformou-se em um homem completo, um homem perfeito, e eu não podia me aproximar dele. Tentei ignora-lo, mas ele não saia de mim, ele me perseguia. 
Mais uma vez, o tempo disse que aquilo seria impossível, disse que aquele homem nunca olharia para mim. Eu respondi ao tempo que ele poderia me dizer o que quisesse, o tempo não importa, ele passa, ele vai embora, mas aquele homem não, aquele homem perfeito seria meu, nem que eu tivesse que esperar 16 anos para isso.

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