Ela fechou os olhos, e ele estava lá, de novo. Ele sempre a esperava lá, todas as noites. Em uma das noites, ela dançava, e ele a observava. Ela sentia medo, mas não queria que ele fosse embora.
Quando ela abre os olhos, tudo que consegue ver a faz lembrar dele. Ela quer deixar de lembrar, mas tem medo que as lembranças sejam apagadas.
Ela quer achá-lo, mas tem medo de ser achada. Ela quer estar perto, mas tem medo de estar perto demais.
Ela faz o que pode, mas gostaria de não fazer nada. Ela quebra promessas, mas gostaria de colar todos os pedaços do que foi quebrado.
Ela quer ficar em silêncio, mas teme esquecer as palavras. Ela só tem um caderno e uma caneta, mesmo sabendo que tem muito mais que isso.
Ela conversa com as paredes, mas não quer que a escutem. Ela se cansa de pensar nele, mas não quer pensar em mais nada. Ela sorri, mesmo querendo derrubar lágrimas.
Ela dança, mas queria estar parada. Ela escuta aquelas mesmas músicas, mesmo não querendo escutar nada.
Ela precisa dele, e sabe disso. Mas ela não quer saber mais nada.
2 comentários:
Gabriela, parabéns pelos textos, um mais bonito que o outro. Porém, gostaria que não parasse tão cedo com a garota que dança. Quero descobrir mais sobre ela!
Obs.: seus textos são muito fluídos e ritmados!
Obrigada! Quem sabe a menina que dança volte a dançar por aqui, rs'. Esperamos conhecer mais sobre ela, até eu fico curiosa, hehe.
Obrigada mais uma vez, fico feliz que goste dos meus textos!
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