domingo, 23 de setembro de 2012

Play.

Próxima música, os primeiros acordes, e lá esta você, invandindo minha mente, mais uma vez.
Um minuto e meio de música, você ainda não saiu daqui. Quatro minutos de música, e você ainda inunda minha cabeça. Outra música, e você não sai, não vai embora.
Outro cd, outra banda, música clássica, que seja, você não vai embora.
Junto com a música, vem a lembrança daquele seu cheiro, do seu sorriso bobo, mãos tremulas... E mais músicas.
A gente poderia viver só de músicas. Temos uma coleção delas, não acha? Poderíamos até gravar um milhão de cds, só com elas. Músicas tristes, alegres, frias... Músicas.  Um dia quem sabe, poderíamos cantar todas elas, juntos. E cantar, sem se preocupar em estar afinado ou não, só cantar.
Você não precisaria mais inundar minha mente sem estar ao meu lado, sua presença cuidaria de acabar com meus sentidos. Eu estaria ali, indefesa, domada pela sua presença. E eu me entregaria, não nego. Desejaria estar ali, sem jeito, mas com você. Eu me prenderia ali, e não ia querer sair, nunca mais. Deixaria que me domasse, que roubasse meus sentidos, que invadisse minha mente, eu... Eu seria ali, só sua, de mais ninguém.
Minha voz sem graça, só você iria escutar. Você poderia me conduzir em uma dança, e minhas mãos só segurariam suas mãos. Meu cheiro, só você sentiria, teu cheiro seria só meu.
E mais uma vez, a próxima música, e você continua aqui, inundando minha mente. E eu, continuo aqui, esperando você me tirar pra dançar.

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