terça-feira, 1 de abril de 2014

Cálice!

Há 50 anos a maior mentira foi contada no dia 1° de abril. Uma mentira que nos marca até hoje, que tenta se manter em pé a todo custo. Uma mentira que levou desinformados a pedi-lá de volta, e que quando imperava, chama-se verdade. 
Há 50 anos uma mentira marca o coração de mães que até hoje dormem sem saber onde estão seus filhos, que assombra os sonhos de suas vítimas, que "enfeita" os corpos de muitos brasileiros. 
Um singelo agradecimento a todos aqueles que nunca se deixaram levar por tal mentira, a todos aqueles que hoje descansam e não sofrem mais nas mãos de torturadores de gente que prezava pelo direito de não mentir. Nunca foi uma questão de partidarismo, de direita ou esquerda, mas sempre foi um encanto mútuo por acabar com um regime baseado em mentiras.
Há 50 anos derrubaram a nossa democracia com a desculpa de democratizar o país, pois é, já diziam os antigos, mentira sem pé nem cabeça.. mentira tem perna curta!
Revolução só para aqueles que não entendem o propósito de todos os que foram torturados, machucados, mortos. Golpe para todos aqueles que entendem o que é poder compartilhar qualquer idiotice no facebook sem ter medo de apanhar.
Golpe militar, 50 anos, uma ferida que ainda não cicatrizou.
http://www.youtube.com/watch?v=wV4vAtPn5-Q
Ps.: música clichê, como muitos acham, mas ainda arrepia qualquer um. 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

O carro.

Pela janela do carro passa um homem de cabeça baixa, uma senhora sorrindo, uma criança puxando a saia da mãe, um menino com as roupas rasgadas, um casal abraçado, duas mulheres conversando baixo, um cachorro magro... Pela janela do carro, o mundo passa.
O homem cabisbaixo esta de coração partido, sua amada deixou o mundo para sempre, mas o carro segue seu caminho e não dá atenção ao homem. A senhora sorrindo acaba de descobrir que um netinho está a caminho, mas o carro segue seu rumo, e a felicidade da senhora é ignorada. A criança puxando a saia da mãe anseia por um prato de comida, e o carro continua seguindo, deixando a pequena faminta para trás. O menino com as roupas rasgadas fugiu de casa depois de apanhar do pai, mas o carro continua seu caminho, e a tristeza do menino não é compartilhada. O casal abraçado decidiram que daquele dia em diante queriam ser marido e mulher, mas o carro continua na mesma direção, e o futuro matrimônio não parece fazer diferença. As duas mulheres conversando baixo cochicham sobre a vida alheia, e o carro segue, a vida alheia não importa. O cachorro magro continua vagando, e se não tomar cuidado, o carro, em sua pressa de seguir seu caminho, passará por cima do pobre animal, assim como passou por cima de todos os que eram avistados pela janela. 
O carro não espera, não se importa com lágrimas ou sorrisos. O carro segue, anda, acelera... O carro faz o que quer. O carro não se preocupa com as ruas em volta, não se preocupa com pedestres. O carro passa e vai embora, e o que passa pelas janelas... Bom, são só mais algumas figuras como tantas outras.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Clichê.

7 bilhões de pessoas no mundo, e eu me apaixonei por você. Frase clichê, não acha? Mas pense mais um pouco, e entenderá que o clichê cabe muito bem. Se outras vidas existem, atravessamos todas elas em busca de alguém que nos complete, e aqui estamos, presos a estes corpos, cumprindo nossa missão.
Uma vez ouvi uma história sobre bolinhas. Isso mesmo, bolinhas. Quando o mundo foi criado, todos nós eramos bolinhas, grudadas em pares. Um dia, resolvemos subir umas em cima das outras para alcançar o céu, e como castigo, fomos dividas em duas. Cada parzinho foi separado, e desde então, nossa missão é encontrar nossa metade perdida. 
Não importa a história que contem, todas sempre têm a mesma essência, duas pessoas que devem se encontrar. Alguns chamam isso de destino, outros chamam de sorte, e ainda há aqueles que chamam de impossível. 
Um dia me chamaram de louca por acreditar no impossível, e eu nunca me arrependi de ter escolhido ser louca. Veja onde chegamos, tão perto do impossível. Nossas almas, por mais longo caminho que tenham percorrido, resolveram que talvez fosse a hora de cessar a busca. 
Hoje, cá estamos, sussurrando palavras doces que tentam, desesperadamente, explicar a vastidão de tudo que sentimos. Tudo junto e misturado, esse turbilhão de coisas novas transbordam de dentro da gente em forma de sorrisos. Esperamos tanto por isso, ou pelo menos, eu esperei.
Se existem laços que prendem duas pessoas, deram um nó tão forte no nosso que ninguém seria capaz de desatar. Se pessoas são presas por imãs, somos polos opostos que se atraem constantemente, sem cansar. Se nossos destinos realmente estão ligados, que essa ligação nunca acabe.
Nessa, na próxima, em todas as vidas, nossas almas sempre procurarão uma pela outra, por motivos óbvios ou não tão óbvios assim, para serem amigas, irmãs, companheiras, para se amarem, para serem uma só. 
O que começou com uma frase clichê, agora tem um sentido muito maior. 7 bilhões de pessoas no mundo... e só podia ser você.

domingo, 24 de março de 2013

Red.


sábado, 16 de março de 2013

Uma carta anônima.

Caro leitor, aqui descrevo alguns dados que gostaria que analisasse. Em dias comuns, onde há 50% de tudo dar certo, você se sente leve e feliz. É como começar um jogo, onde você pode fazer de tudo pra que as coisas aconteçam a seu favor ou entregar os pontos antes mesmo da partida começar.
Em dias comuns, 50% das coisas que poderiam dar errado, simplesmente dão, sem pedir licença ou autorização.
Em dias especiais, 100% das coisas tendem a dar certo, tudo parece te alegrar, tudo te arranca um sorriso.
Em dias ruins, 100% das coisas dão errado, e tudo parece chuvoso.
Em meio a todas as chances, todas as expectativas, o que faz seu dia ser comum? O que faz dele especial? O que faz dele ruim?
Talvez os dias ruins sejam só uma enxurrada de coisas boas disfarçadas, não acha? Quem faz seu dia ser especial, o mundo ou você mesmo?
Agarre suas chances, jogue este jogo ao seu favor, e caro leitor, seja feliz.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Assinado Eu.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Matrix.

Em algum segundo, num universo paralelo, seus pensamentos vagam solitários em busca de respostas que este mundo agitado não é capaz de lhe dar. Sente-se que a vida neste planeta pouco importa diante dos sentimentos alheios e aparências fúteis viajando por aí, sem rumo algum.
Em algum instante, chega-se a conclusão de que viver para agradar os outros é mais comum do que ser feliz por si só. A felicidade esta em receber a aprovação de alguém, e não de si mesmo. É como nos antigos tempos, onde a vida era decidida através da indicação feita por um polegar de algum soberano.
Sentir-se quente em meio a tanto frio é quase como querer viajar à Lua andando. Em algum lugar distante, talvez as pessoas até se importem mais com elas mesmas do que com palpites dados ao acaso.
Rebaixar-se a preencher-se com o sentimento dos outros e esquecer de sentir os seus próprios anseios é quase tão comum quanto beber uma lata de Coca-Cola na hora do almoço. Deixar que sua alma seja invadida por desejos inventados por outros espíritos é deixar-se levar para um túmulo pior do que o que é cavado à sete palmos.
Suicídio do ser é pior que suicídio da carne. Dizem que a vida vale tão pouco, e mesmo assim, tudo que ela realmente vale é entregue aos ventos para deixar-se preencher com o que querem que você seja.
Uma perfeição calculada, quase como uma forma perfeita de bolo, é nos apresentada, e por tão pouco, nos entregamos a essas cirurgias de troca de uma perfeição natural por esta forma estritamente programada. Afinal, vale mais ser perfeito para alguém do que ser perfeito para si mesmo, não é?
Respeitar a simples natureza de ser é atropelada pela sede de existir, de seguir roteiros, de vestir personagens, de encarnar papéis planejados.
Neste mesmo segundo, num universo paralelo, seus pensamentos sentem-se sozinhos e vazios, mas seguros e honestos, diante de rostos maquiados com a beleza previamente inventada por alguém artificial.